sexta-feira, 27 de abril de 2012

Me sinto o segundo plano.
Todas as outras coisas são mais importantes que eu.
As outras pessoas são mais importantes.

Quem liga pra como eu estou.
Se sumo, desapareço ninguém percebe.
Ninguém sente falta.

E eu continuo tolerando pessoas irritantes, acordando todos os dias sem a mínima vontade de querer acordar e sorrindo pra fingir que esta tudo bem.
Não está tudo bem, não está nada bem

Gostava de quando os sorrisos vinham fáceis. Passou-se esse tempo. E passou tão rápido que dói o peito de saudade.



terça-feira, 3 de abril de 2012

Puxa-saquismo


Entenda que pensar primeiro em você mesmo, não o torna mal educado ou ignorante.
Só o torna menos puxa-saco ou curioso.













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Diga-se de passagem, ser curioso não é nada legal.



domingo, 1 de abril de 2012

Amor repentino


Toda manha, ela ia no mesmo ônibus.
Quase sem querer, encontrava as mesmas pessoas, sentadas em vossas cadeiras, como se todas ali tivessem o nome de seus donos.

O cobrador, sempre movido de sua animação matinal, a cumprimentava com um bom dia animado, ao entregar-lhe o troco da passagem. Deveras ele a presenteava com uma bala "um doce, para uma moça encantada".

A menina, nao aparentava mais do que seus 16 anos;

Quando chegava ao meio do onibus, se deparava comigo, com um livro em mãos e parava para tentar descobrir qual seria a obra.

Quando ao fundo do onibus chegava, ela então parava de sopetão, a olhar aquele moço bonito que se balançava ao som de uma musica aos fones.

Dali ela nao passava.
Como uma barreira invisível.

O garoto olhava pra ela e ela nao tinha coragem de retornar seu olhar. Desviava a cabeça, como se algo mais importante chamasse sua atenção.

Dali a mais dois ou tres pontos, chegaria o destino do moço bonito.

E entao só o veria novamente, só na próxima manha. Mas para ela, ja bastava para desabrochar um sorriso encantador em seu rosto, daquele primeiro amor que nunca acaba.