Certo dia, porém, quando ele subiu e pessou pela catraca do onibus, não sentou-se "no seu lugar", que como sempre estava vazio, mas sim, quis acomodar-se ao meu lado.
-Posso sentar? - perguntou educado. Tinha até uma voz bonita. Fiz que sim com a cabeça.
-Desde que você não durma e ronque ao meu ouvido.... Ou que venha me assaltar. - Falei seria. Ele achou que fosse verdade, mas não, claro que ele não faria um assalto ali comigo.
-Prometo não dormir, mas você também tem que me devolver o que roubou de mim. A ladra qui é você.
- Hã? - Agora foi a minha vez de não entender nada.
- Tens meus sorrisos, e dos sentimentos o mais belo. e se hoje sento aqui, é porque vim buscá-los. - Falou sorrindo lindamente para mim.
Senti que fiquei vermelha, mas sorri de volta. Mal sabia ele, que também era dono de meus sorrisos e coração.