terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amor roubado.

Todo dia eu o via sentado pouco a minha frente no ônibus. Sempre. Já me acostumei com a sua presença até o momento em que o ônibus ficava extremamente cheio e eu o perdia de vista por entre as bolsas e pessoas se equilibrando.

Certo dia, porém, quando ele subiu e pessou pela catraca do onibus, não sentou-se "no seu lugar", que como sempre estava vazio, mas sim, quis acomodar-se ao meu lado.

-Posso sentar? - perguntou educado. Tinha até uma voz bonita. Fiz que sim com a cabeça.
-Desde que você não durma e ronque ao meu ouvido.... Ou que venha me assaltar. - Falei seria. Ele achou que fosse verdade, mas não, claro que ele não faria um assalto ali comigo.

-Prometo não dormir, mas você também tem que me devolver o que roubou de mim. A ladra qui é você.
- Hã? - Agora foi a minha vez de não entender nada.

- Tens meus sorrisos, e dos sentimentos o mais belo. e se hoje sento aqui, é porque vim buscá-los. - Falou sorrindo lindamente para mim.

Senti que fiquei vermelha, mas sorri de volta. Mal sabia ele, que também era dono de meus sorrisos e coração.


3 comentários:

Letícia Esteves disse...

Que lindoo, flor!

Fiquei curiosa pra saber o que é ficção e o que não é desse post.


Sempre apaixonante.
Beijos!

Jeannie Maria disse...

Uma pérola do romantismo moderno...dá pra ouvir Beethoven tocando ao fundo ;)

Uma ótima sexta,
Baccini.

C. disse...

Meu, que lindo! Não sei se é a minha imaginação fértil, mas, eu consegui imaginar essa cena. Tudo... Quase pude sugar a historia com o ar. Awn.

Nem preciso falar que eu sou apaixonada por tudo que tu escreves, tu sabes disso. Hihihihi.

Fiquei curiosa pra saber o que é ficção e o que não é desse post. +1

Ótima segunda, sua linda.
Beijo!