sábado, 4 de dezembro de 2010

“Carta de alguém, para alguém que amo.”

Este texto participa da edição de Cartas do Bloínques
Escrevi aqui de novo, porque gosto muito dele.

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“Carta de alguém, para alguém que amo.”

Juro que não lembro como nos conhecemos. Nem qual foi a nossa primeira conversa.

Mas sei com cada pedacinho de mim, que você conquistou logo quando me olhou bem dentro dos olhos, mesmo de longe.

Foi inevitável, havia entre nós algo mais forte do que poderíamos evitar. Meus olhos não me obedeciam mais, mesmo quando não queria olhar para ti, eles me enganavam e meu olhar pairava mais uma vez naquela mulher sentada sozinha na mesa do café.

Quando saímos juntos, depois de muito tempo só te observando quase todos os fins de semana, foi algo mágico.

Você conseguia me deixar sem fôlego quando só segurava em minhas mãos.

Conseguia me dominar.

Não conseguia parar de pensar nessa mulher linda que conheci. Foi quando descobri que a queria para sempre junto de mim.

Todas as vezes que saiamos para dançar, lembra? Preferia estar sentado, vendo-a dançar a cada nota tocada. Nenhuma música era desafio para você.

Então comecei a perceber que você nunca dançou só para mim. Você não sorria só para mim. Seus abraços não eram só meus.

Suas curvas enfeitiçaram quem quer que a assista.

E então você me deixou. Quis ganhar o mundo. Levou parte de mim.

Sigo meu caminho, volto ao café em que nos conhecemos, mas você nunca está lá...

O cappuccino não tem mais o mesmo gosto.

Nem mesmo o inverno mais rigoroso me dói tanto quanto não te ter.

E agora eu só espero você.

De um coração partido. Sem notas de tango, sem baladas de pop rock. Só mesmo um ‘choro’ no violão. Ou o toque triste de um violino. Um coração sem batidas, já que você as levou também.

4 comentários:

Camila disse...

Pequena Ítala,

A cada visualização, fico mais encantada!

Sempre escreva :)

Jeannie Maria disse...

Nossa, que carta sentida...eu acho que se a moça em questão a lesse com certeza voltaria!!!
Baccini.

Bárbara O. dos Santos. disse...

Linda carta.
O snetimento transborda em cada palavra, um dor tão bem sentida amolece qualquer coração.
rss'

Tem selo para você lá no blog!!
Uma para esse blog e outro para seu outro!
=))
beijos!!

Diana Góes disse...

Há sempre os que se vão e levam mais do que devem; fica faltando um pedaço. E dói, muito. Só resta esquecer a dor e lembrar do sorriso.
=*