Do menino, fora o primeiro presente.
Colorida, assim com todas as suas cores...
Pelo jardim, o garoto se divertia vendo-a rodando, rolando, voando pelo céu em uma mistura de todas as cores.
Na rua, a turma se reunia, marcavam gol e saiam a comemorar independente de quem fosse a vitoria, qual era o time.
A bola era mais do que um brinquedo, a bola era a companhia das aventuras, das viagens...
O moleque ia crescendo, crescendo...
Aos poucos, sua amiga era deixada de lado, usada só aos fins de semana, mais tarde, só uma vez ao mês...
As brincadeiras mudaram, o tempo mudou também.
Anos depois, estava ela ali, jogada no canto do quarto, sozinha. Assistia atentamente o que o dono menino fazia: estudos, festas, namoradas. Aquilo que fora o primeiro presente compartilhou de cada nova fase de vida do menino.
Um dia porem, a bola colorida já não sabia mais o que era correr pela grama verde do parque. Foi lembrada pelo dono menino. Saiu rolando pela grama verde nos braços de uma criança ao som de gargalhadas infantis.
O garoto, seu dono, não era mais menino, com os anos, tornou-se homem, tornou-se pai.
Por tempos esquecida, a bola volta a dançar no jardim, toda colorida, o primeiro presente do bebê.
2 comentários:
Me lembrou aquela música... 'bola de meia, bola de gude'..
O mesmo destino das bonecas... ;D
Beijocas!
Verdade seja dita: todos nós crescemos! O bom, é nunca abandonar de vez o lado criança, e poder passar um pouco do que vivemos, para as crianças que ainda estão por vir!
amo-te! ♥
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